quarta-feira, 23 de abril de 2008

Vida que brota do cerrado


Autor: Luiz Ribeiro

Veículo: Jornal Estado de Minas

Data da publicação: 23 de março de 2008


Resumo

No cerrado os agricultores estão aprendendo a utilizar frutos como pequi, coquinho-azedo, articum, umbu e coco macaúba, como fonte de renda, gerando um desenvolvimento social e protegendo a biodiversidade do cerrado. As comunidades do norte de Minas promovem o aproveitamento dos frutos e agora vão receber recursos do Programa de pequenos projetos Ecossociais (PPP-Ecos). Ao incentivar tais projetos, a idéia é de desenvolvimento social com proteção ao bioma do cerrado mineiro que é berço das nascentes das principais bacias hidrográficas. Depoimentos como o de “Seu Zé” a respeito da preservação das nascentes e de Maria dos Anjos a respeito da melhoria de sua condição social, comprovam a possibilidade e necessidade do desenvolvimento sustentável obtido com a produção do pequi em Japonvar. Já o projeto do coco da macaúba, em Riacho D’Anta, Montes Claros, também vai receber a verba do PPP-Ecos e investirá os recursos na melhoria do processo de produção. Hoje se produz, a partir do coco macaúba (que antes apodrecia no chão), detergente, sabão em barra, óleo lubrificante entre outros.


Crítica

A responsabilidade socioambiental é o tema que vem focar a sustentabilidade do desenvolvimento trazendo até nós a questão da necessidade do trabalho em equipe e de uma nova maneira de fazer “negócios”. A reportagem em questão nos mostra que o desenvolvimento das cooperativas e associações no norte de Minas, especialmente em Japonvar e Riacho D’Antas, conseguiu atrelar o desenvolvimento social ao ambiental. Ao saber que as árvores do cerrado podem lhes oferecer seu próprio sustento, os agricultores que antes as derrubavam, se interessarão em preservá-las e preservando-as usufruirão cada vez mais dos benefícios de um bioma tão rico que somente agora está sendo explorado economicamente de forma sustentável. Entender que é possível produzir, extrair, sem degradar é o que se tem feito nestes projetos. Esta é a meta que a sociedade mundial tem de perseguir: buscar o equilíbrio nos negócios visando o bem-estar social e a proteção ao meio ambiente.

7 comentários:

Carlos Alves disse...

Blog muito interessante; com publicação de matérias interessantes diretamente relacionadas com o tema principal, que foi bem escolhido, dada a relevância da responsabilidade socioambiental, que é o foco de muitas empresas neste momento (ao menos nos discursos); muito bem organizado, com uma boa aparência e de fácil leitura.
Os comentários da equipe também são pertinentes e bem feitos.
Carlos Roberto Alves (aluno do Adm.Ead, turma 6)

Sementes disse...

Gostei muito do Blog. Uma leitura muito gostosa de ser feita, pois, trata de maneira simples um tema de importância tão grandiosa. E junto ao tema escolhido, a abordagem de matérias que contribuem com o bem estar do meio ambiente, se enquadra de forma perfeita. As críticas do grupo se apresentam de maneira clara. Senti falta apenas de uma enquete, afinal, o tema é muito interessante e deve ser compartilhado com o máximo de pessoas possível para uma consciência cada vez maior. Estou à disposição para compartilhar de qualquer necessidade.
Fátima Cristina Frizeiro de Castro Cotta (aluna do Adm.Ead,turma 02)

Carlos Alves disse...

O tema responsabilidade socioambiental está em foco hoje, principalmente no mundo dos negócios. Cada vez mais, as organizações se preocupam em mostrar para o mercado (consumidor, principalmente) uma imagem dessa responsabilidade. Li em algum lugar, que não me lembro onde, que os capitalistas finalmente descobriram que os “bichos grilos” dos anos 60 tinham razão. Por décadas, procurou-se explorar o planeta sem se preocupar com a sustentabilidade, por exemplo, e há muito as empresas não se preocupavam com pessoas (sejam seus trabalhadores, seus vizinhos, a população a quem atende, etc) nem com os ambientes (naturais) no qual estavam inseridas. Portanto, é muito bem-vinda essa intenção de obter lucros agindo de forma ambientalmente correta e socialmente justa e que mais e mais empresas sigam verdadeiramente esse caminho, para o bem de todos nós e do planeta.
Carlos Roberto Alves (aluno do ADM-EAD, turma 6)

Monica Vianna disse...

Parabéns pelo Blog!
Tema muito interessante e pouco difundido no Brasil. Havendo educação é possível a preservação da natureza com melhoria da qualidade de vida para todos.
Finalmente o país acorda para a exploração economicamente sustentável de suas riquezas naturais.
Bom trabalho!

Carlos disse...

Me parece que o grande desafio de quem empreende uma iniciativa de RSA é mudar um tipo de pensar, um tipo de fazer, profundamente arraigados nas sociedades em todo o mundo. Todo o processo produtivo do mundo foi construído sem levar em conta que em algum momento alguém iria pagar a conta. A conta está em cima da nossa mesa para ser paga. Quem está na cabeceira?

POLO 12 disse...

Hoje não seria necessário se fazer tanta promoção do desenvolvimento sustentável se desde sempre não houvesse o cultivo da mentalidade, muito comum no meio empresarial, de que a empresa existe somente para fins lucrativos. Responsabilidade com meio ambiente e sociedade, segundo esta mentalidade é coisa de filantropos malucos. Até mesmo a sociedade que sofre com os resultados deste tipo de raciocínio admira as grandes empresas de "sucesso" que já destruiram e consumiram bastante e de maneira nada sustentável. Devemos todos rever nossos conceitos e atitudes e, a partir de uma postura mais responsável e menos preconceituosa, cobrar dos governos e principalmente das empresas, comerciais ou industriais, mais respeito e atitude em prol do equilíbrio social, ecológico e financeiro.
GRUPO POLO 12 - TURMA 12

claudio disse...

O nosso planeta há muito vem pedindo socorro já não suporta tanta agressão do homem (empresas) na busca incessante e desenfreada pelo lucro. Esse processo esta acabando com seus recursos naturais e colocando em risca a vida na terra. É preciso mudar o habito do desperdício e da má utilização dos recursos e diminuir à agressão ao planeta, para que se possa daqui algum tempo esses hábitos se tornarem uma cultura de sustentabilidade da vida em nosso planeta.
As análises críticas feita pela turma 06 são pertinentes a situação atual,elas são claras e fundamentadas, mostrando uma capacidade de interpretação e reflexão bastante coerente com as matérias escolhidas e com a nova idéia de gestão voltada para o desenvolvimento sustentável, ou seja, com responsabilidade social e ambiental das empresas.
LUIZ CLAUDIO REINK (ALUNO DO CURSO ADM-EAD - TURMA 03).